Em abril desse ano, as Forças Armadas sírias, leais ao regime, abriram fogo sobre civis no auge da guerra civil no país.
Os detidos são "um dos líderes criminosos responsáveis pelo massacre" e mais dois envolvidos, indicou o diretor do Departamento de Segurança de Damasco, o tenente-coronel Abdulrahman al-Dabagh.
Os três detidos confirmaram a sua participação nos factos, noticiou a agência SANA.
"Os três detidos confessaram o seu envolvimento no massacre do bairro de Tadamon, em que mais de 500 homens e mulheres da nossa população civil foram liquidados sem qualquer julgamento ou acusação", precisou a Al-Dabbagh, acrescentando que as autoridades estão agora a trabalhar para localizar as sepulturas.
O bairro de Tadamon foi alvo de disputa entre as autoridades de Assad e os rebeldes, que chegaram a controlar a zona, entre 2012 e 2018.
Nesse período, registaram-se intensos combates entre as duas fações da guerra civil síria, incluindo o mencionado massacre, do qual se desconhecem números oficiais, embora as novas autoridades tenham já referido meio milhar de vítimas.
O regime de Assad foi derrubado no início de dezembro de 2024 após uma ofensiva de rebeldes e 'jihadistas', liderados pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS, Organização de Libertação do Levante).
O líder do HTS, Ahmed al-Sharaa - também conhecido pelo seu nome de guerra "Abu Mohamed al-Golani" -, foi nomeado Presidente de transição e encarregado de conduzir o país a eleições e à redação de uma nova Constituição.
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