Numa publicação na rede social WeChat, o Ministério da Segurança do Estado chinês afirmou que as autoridades descobriram que uma conta doméstica, chamada "Noite de inverno", estava em "contacto frequente" com pessoal de uma agência de espionagem estrangeira, através da Internet.
Após investigação, os funcionários confirmaram que o número de telefone ligado a essa conta estava registado em nome de um idoso de 80 anos que vivia "a milhares de quilómetros de distância da área envolvida e que não era elegível para cometer este crime".
Finalmente, as autoridades identificaram o suspeito, um indivíduo de apelido Ni, que tinha servido nas Forças Armadas durante dois anos e que foi dispensado mais cedo "devido a problemas disciplinares", de acordo com o comunicado oficial.
As autoridades chinesas intercetaram então uma ordem da agência estrangeira que instruía o ex-militar a roubar informações de uma base militar "localizada numa região remota com terreno difícil e tempestades de neve frequentes".
Os agentes organizaram uma operação secreta e, após uma semana de espera, conseguiram deter Ni enquanto este captava imagens da base militar, informou o Ministério da Segurança do Estado, que não deu pormenores sobre a agência de informação estrangeira envolvida no caso.
Nos últimos anos, a China apelou à mobilização de "toda a sociedade" para "prevenir e combater a espionagem" e anunciou uma série de medidas para "reforçar a defesa nacional" contra as "atividades dos serviços secretos estrangeiros".
Desde o ano passado, o Exército de Libertação Popular (ELP) tem levado a cabo uma vasta campanha contra a corrupção, que resultou no despedimento de, pelo menos, nove generais e de vários executivos da indústria da Defesa.
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