"No domingo, de regresso da sua viagem à Índia, a presidente von der Leyen estará em Londres para participar na reunião informal sobre a Ucrânia e a segurança na Europa, organizada pelo primeiro-ministro [britânico] Keir Starmer", anunciou a porta-voz da Comissão Europeia Arianna Podesta na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.
Fontes europeias referiram à Lusa que António Costa também estará presente.
Keir Starmer vai presidir a esta cimeira sobre defesa numa altura em que os europeus procuram coordenar uma resposta à reviravolta do Presidente dos Estados Unidos em relação à Ucrânia.
Também o Presidente uraniano, Volodymyr Zelensky, deverá participar nesta cimeira de líderes europeus sobre a defesa do continente, em Londres, após as visitas a Washington de Emmanuel Macron, Presidente francês, e de Keir Starmer, primeiro-ministro britânico.
A reunião de alto nível surge dias antes de um Conselho Europeu extraordinário, que terá lugar no dia 06 de março em Bruxelas, dedicado à defesa europeia e ao apoio à Ucrânia.
No espaço de duas semanas, Donald Trump alterou completamente a posição dos Estados Unidos relativamente à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, chegando mesmo a descrever Volodymyr Zelensky como um "ditador", palavra que se escusou a usar em relação a Vladimir Putin, líder russo no poder há um quarto de século e o segundo com maior longevidade no país, depois de Stalin.
Nos últimos dias, houve discussões tensas entre representantes norte-americanos e ucranianos sobre um acordo relativo à exploração de minerais ucranianos pelos Estados Unidos.
Hoje mesmo, Keir Starmer insistiu que é necessária uma garantia de segurança dos Estados Unidos para alcançar a paz duradoura na Ucrânia e impedir que a Rússia volte a invadir o país.
A UE tem vindo a defender também condições de paz definidas pela Ucrânia e um lugar na mesa de negociações, juntamente com a Ucrânia, face à tentativa de mediação norte-americana com a Rússia.
Na passada segunda-feira, a Ucrânia assinalou o terceiro aniversário do início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, que desencadeou uma guerra com um balanço de perdas humanas e materiais de dimensão ainda não inteiramente apurada.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e militar dos aliados ocidentais.
Estima-se que a UE já tenha prestado à Ucrânia assistência económica, humanitária, financeira e militar num total de 135 mil milhões de euros, sendo 48,7 mil milhões de euros de assistência militar.
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