Sánchez manifesta apoio a Zelensky: "Ucrânia, Espanha está contigo"

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, manifestou hoje apoio à Ucrânia depois do confronto protagonizado pelos presidentes ucraniano, Volodymyr Zelensky, e dos Estado Unidos, Donald Trump, na Casa Branca.

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© Paul Hanna/Bloomberg via Getty Images

Lusa
28/02/2025 19:46 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Ucrânia, Espanha está contigo", escreveu Sánchez na rede social X, numa mensagem que repetiu em espanhol, inglês e ucraniano.

 

Zelensky deixou hoje a Casa Branca (sede da Presidência norte-americana) sem assinar o acordo sobre a exploração de minerais estratégicos da Ucrânia que era exigido por Donald Trump.

A Casa Branca confirmou que os Estados Unidos e a Ucrânia suspenderam as negociações em torno do acordo que previa que Washington continuaria a fornecer ajuda a Kiev em troca de acesso às "terras raras" do país.

O cancelamento surge na sequência de uma reunião tensa e sem precedentes entre os dois líderes, após a qual a Casa Branca indicou que a prevista conferência de imprensa conjunta estava cancelada.

Zelensky deixou a Casa Branca prematuramente após o confronto com Trump.

Trump recebeu hoje Zelensky na Casa Branca para assinarem um acordo para a exploração de recursos naturais ucranianos.

Contudo, após 30 minutos de declarações à imprensa na Sala Oval da Casa Branca, a conversa ficou tensa quando o Presidente norte-americano disse que Zelensky não estava em posição de ditar condições relacionadas com a guerra.

Donald Trump e o seu vice-Presidente, JD Vance, acusaram o líder ucraniano de ser "desrespeitoso", enquanto Volodymyr Zelensky pedia compromissos de segurança por parte de Washington.

Com o tom da voz mais elevado, conforme relataram os jornalistas no local, Trump disse que seria "muito difícil" negociar com Zelensky e afirmou que o líder ucraniano deveria ser "grato" após ter-se colocado "numa posição muito má".

"Você está a apostar com as vidas de milhões de pessoas", acusou Trump.

"Você está a apostar com a Terceira Guerra Mundial e o que você está a fazer é muito desrespeitoso com o país, com este país, que o apoiou muito mais do que muitas pessoas dizem que deveria ter sido feito", acrescentou o chefe de Estado norte-americano.

O vice-presidente JD Vance acusou igualmente Zelensky de "desrespeitar" os norte-americanos.

Donald Trump alertou o seu homólogo ucraniano que teria que fazer "compromissos", enquanto Zelensky rejeitou fazê-lo com "o assassino" Vladimir Putin.

Trump deixou então um ultimato a Zelensky: "Faça um acordo [com a Rússia] ou nós vamos deixá-lopara trás", afirmou, citado pela agência France-Press (AFP).

O Presidente ucraniano garantiu que a Ucrânia "não faria concessões a um assassino", referindo-se ao Presidente russo.

Leia Também: Após sair da Casa Branca, Zelensky reage: "Ucrânia precisa de paz justa"

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