Trump fala ao Congresso na 3.ª-feira entre tensões e mudanças no governo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursa na terça-feira à noite perante o Congresso, num momento em que desafia as instituições democráticas e está a impor profundas transformações no Governo federal.

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© Andrew Harnik/Getty Images

Lusa
03/03/2025 14:50 ‧ há 5 horas por Lusa

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A intervenção - que está a ser aguardada com expectativa em ambos os partidos do Congresso - deverá procurar consolidar a sua estratégia de governar sem a necessidade de negociar com o poder legislativo e quando as ações unilaterais da Casa Branca são alvo de mais de uma centena de processos judiciais.

 

Desde que regressou à Casa Branca, em janeiro passado, Trump tem colocado em prática mudanças radicais na estrutura do governo federal, em particular com o apoio do seu influente aliado, o empresário Elon Musk, com demissões em massa entre os funcionários públicos e o encerramento de agências governamentais.

A presença de Trump perante o Congresso é este ano também importante porque a Casa Branca já assumiu que algumas recentes decisões do Presidente podem provocar desconforto mesmo junto de congressistas conservadores, para além, naturalmente, da ira da bancada democrata.

O líder democrata na Câmara de Representantes, Hakeem Jeffries, classificou as medidas da Casa Branca como uma "desmontagem sem precedentes" do Governo federal e prometeu mobilizar resistência no Congresso.

Como parte dessa estratégia, vários congressistas democratas convidaram funcionários federais demitidos para assistir ao discurso como forma de protesto.

Apesar do controlo republicano do Congresso, a abordagem de Trump também tem gerado desconforto em alguns setores do partido que o apoia.

O senador republicano Steve Womack recordou que compete ao Congresso "testar os limites da autoridade presidencial".

Entre os principais temas do discurso de Trump estarão a renovação das reduções de impostos aprovadas em 2017 e o financiamento para sua polémica política de deportação em massa.

Nos últimos dias, o Presidente iniciou uma vigora pressão junto de congressistas republicanos para estes aprovarem uma nova ronda de cortes de impostos, mas não conseguiu eliminar focos de resistência dentro do seu partido, nomeadamente sobre os cortes orçamentais que afetam programas como o plano de saúde Medicaid.

O Governo de Trump enfrenta ainda dificuldades para obter financiamento para a maior operação de deportação da história do país, mesmo depois de o chamado "czar da fronteira", Tom Homan, ter pressionado os congressistas para libertarem recursos para os departamentos de Segurança Interna e de Defesa.

Outro desafio imediato para Trump é garantir a aprovação do orçamento federal antes do prazo de 14 de março, a fim de evitar uma paralisação do Governo.

Nos discursos ao Congresso durante o seu primeiro mandato, Trump alternou entre momentos de otimismo e ataques frontais aos adversários políticos.

Este ano, a memória do ataque ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021, por aliados de Trump, ainda paira sobre o Congresso, especialmente porque o agora de novo Presidente concedeu indultos a centenas de participantes da insurreição, incluindo líderes de grupos extremistas condenados por sedição.

Leia Também: "Zelensky demonstrou uma total falta de diplomacia" na Casa Branca

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