Segundo a agência de notícias francesa AFP, um membro daquela aliança rebelde indicou que os paramilitares das Forças de Apoio Rápido e seus aliados assinaram uma "constituição de transição".
"O documento constitucional foi assinado ontem [segunda-feira, dia 03 de março] à noite em Nairóbi [capital do Quénia] por todas as partes envolvidas na assinatura da carta fundadora" destinada a formar um governo paralelo no Sudão, disse Ahmed Tuqud Lisan, membro do comité preparatório da aliança rebelde.
Em fevereiro, os paramilitares das RSF e seus aliados assinaram em Nairóbi uma "carta de fundação" para um governo paralelo no país devastado pela guerra desde abril de 2023, causando tensões diplomáticas entre o Sudão e o Quénia.
A 26 de fevereiro, o escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA) pediu ao Conselho de Segurança "medidas imediatas" para proteger os civis no Sudão, onde a "situação já catastrófica" se tem agravado, com partes do país transformadas "num inferno".
A 27 de fevereiro foi noticiado que pelo menos 70 pessoas morreram de cólera e mais de 2.200 foram infetadas pela doença no sul do Sudão durante a última semana, segundo dados da organização Save the Children, citando dados do Ministério da Saúde.
O sistema de saúde no Sudão está paralisado pela guerra civil, que já causou dezenas de milhares de mortes e deslocou mais de 12 milhões de pessoas desde 15 de abril de 2023.
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