No primeiro discurso perante o Congresso desde que regressou ao poder, em 20 de janeiro, Donald Trump afirmou que tudo o que o seu país precisava era "de um novo Presidente" para travar a imigração ilegal nos Estados Unidos.
"A imprensa e os nossos amigos no Partido Democrata continuaram a dizer: 'Precisávamos de uma nova legislação, precisávamos de uma legislação para proteger a fronteira'. Mas acontece que tudo o que precisávamos era de um novo Presidente", congratulou-se.
"Rapidamente alcançámos os menores números de cruzamentos ilegais de fronteira já registados", acrescentou.
Num discurso semelhante aos que fez durante a sua campanha eleitoral, Donald Trump descreveu o estado do país que herdou do antecessor, Joe Biden, como um deserto cheio de imigrantes ilegais violentos, advogando que "uma nova era de ouro" está em andamento sob a sua liderança.
O Presidente agradeceu ao "czar da fronteira", Tom Homan, e à secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, pelo trabalho que têm desenvolvido até ao momento, com operações para a deportação de imigrantes ilegais a serem levadas a cabo em todo o país.
Homenageou ainda Laken Riley, uma estudante de enfermagem de 22 anos que foi assassinada por um imigrante ilegal nos Estados Unidos e cuja família estava presente na galeria do Capitólio a assistir ao discurso.
A imigração ilegal na fronteira sul dos Estados Unidos caiu desde que Trump regressou à Presidência, em 20 de janeiro, decréscimo que coincide com a abordagem de repressão adotada pelo Governo do magnata republicano.
Num olhar a longo prazo, a imigração ilegal nos Estados Unidos vem caindo desde março de 2024, ainda durante a administração de Joe Biden.
"Enviei ao Congresso um pedido de financiamento detalhado, estabelecendo exatamente como eliminaremos essas ameaças, protegeremos a nossa Pátria e concluiremos a maior operação de deportação da história americana", disse Trump no discurso.
"Os americanos esperam que o Congresso me envie esse financiamento sem demora, para que eu possa sancioná-lo", pressionou ainda sobre a necessidade de mais financiamento para aplicar deportações em massa.
Donald Trump prometeu durante a campanha presidencial realizar "deportações em massa" de mais de 11 milhões de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos.
Em contraste com o plano para deportar imigrantes de países pobres, Donald Trump pretende atrair imigração com elevados recursos económicos, anunciado no seu discurso que os "vistos gold", que colocará à venda por cinco milhões de dólares (4,71 milhões de euros), ficarão disponíveis "muito em breve" e servirão como um novo caminho para a cidadania norte-americana.
"Essas pessoas terão que pagar impostos no nosso país", afirmou.
Trump frisou que esta nova opção "permitirá que as pessoas mais bem-sucedidas na criação de empregos do mundo todo comprem um caminho para a cidadania americana".
O "visto gold" também permitirá que estudantes mais ricos obtenham residência permanente em solo norte-americano.
Os detalhes deste novo visto ainda não estão claros, mas Trump disse que será apenas um de seus planos para reformular as políticas de imigração do país.
[Notícia atualizada às 06h51]
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