"Nenhuma ajuda foi entregue ao braço político ou militar do Hamas", garantiu o gabinete de meios internacionais do Qatar em comunicado, observando que "as afirmações da ajuda do Qatar ao Hamas são completamente falsas e servem como prova de que os acusadores pretendem prolongar a guerra".
O alegado financiamento foi referido nas conclusões de um relatório do Shin Bet citadas na terça-feira pela imprensa israelita.
"As acusações falsas feitas pela agência de segurança Shin Bet, que relacionam a ajuda do Qatar ao ataque de 07 de outubro, são outro exemplo do desvio impulsionado pelo interesse próprio e pela autopreservação na política israelita", segundo a nota divulgada.
O mesmo gabinete indicou ser "bem conhecido em Israel e internacionalmente" que toda a ajuda enviada do Qatar para a Faixa de Gaza foi transferida com "total conhecimento, apoio e supervisão das atuais e anteriores administrações israelitas e suas agências de segurança, incluindo o Shin Bet".
O país, um dos mediadores da trégua entre o Hamas e Israel, fornece há muitos anos ajuda humanitária às famílias em Gaza, ajuda que inclui bens essenciais como alimentos e medicamentos, assim como eletricidade para as casas.
"Nesta conjuntura crítica, o Shin Bet e outras agências de segurança israelitas devem concentrar-se em salvar os restantes reféns e encontrar uma solução que garanta a segurança regional a longo prazo, em vez de recorrer a táticas de distração, como usar o Qatar como bode expiatório para a longevidade política", lê-se.
O ataque do Hamas contra Israel em 07 outubro de 2023 resultou na morte de 1.200 pessoas e sequestro de 250, segundo Telavive, que em resposta atacou a faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, matando mais de 48 mil pessoas em 15 meses, segundo as autoridades do enclave.
Regista-se atualmente tréguas no conflito entre Israel e o Hamas, na sequência de um acordo em meados de janeiro e que prevê três fases.
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