O encontro, o primeiro a realizar-se em Timor-Leste, que em 2023 passou a ter um conselheiro, vai decorrer na embaixada de Portugal em Díli, juntando os conselheiros do círculo da China, do círculo da Austrália e do círculo de Timor-Leste.
"Apesar de haver outros temas, relacionados com assuntos consulares, educação e ensino e parte económica, um dos principais tópicos tem a ver com o tentarmos recolher um conjunto de problemas, desafios, que as comunidades enfrentam", afirmou à Lusa o conselheiro da comunidade portuguesa em Timor-Leste, Filipe Silva.
Filipe Silva ressalvou que os desafios são diferentes de comunidade para comunidade, mas que há assuntos que são transversais, como por exemplo, o facto de agora os emigrantes não terem acesso a médico de família em Portugal.
"Apesar de compreendermos qual é a opção, porque também não podemos atribuir 150 ou 200 pacientes a um médico e depois as pessoas não estarem lá, mas de que forma é que podemos acautelar a que essas situações não sejam totalmente esquecidas", salientou.
No caso de Timor-Leste, Filipe Silva deu como exemplo a questão do voto por correspondência, que não se aplica, como nos casos da Suíça ou de Macau.
"Em Timor-Leste não há distribuição de correio. O correio demora imenso tempo a chegar cá e são questões que preocupam imenso a comunidade", disse.
Da agenda de trabalho do Conselho Regional da Ásia e da Oceânia consta um encontro com o Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, na quinta-feira, dia em que também serão feitos debates sobre programas de cooperação entre os círculos no setor da educação e associativismo, na área da economia e das questões consulares e sobre as potencialidades artísticas e culturais.
Na sexta-feira, os conselheiros vão debater os principais problemas que afetam as comunidades portuguesas na Ásia e Oceânia e realizar um encontro com a comunidade portuguesa em Timor-Leste.
Leia Também: Há muitos portugueses a quererem "regressar" de Moçambique