Segundo o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, Putin confirmou numa mensagem enviada a Charaa "a disponibilidade constante da Rússia para desenvolver a cooperação com o governo sírio em todas as esferas possíveis".
O objetivo é "reforçar as relações tradicionalmente amigáveis entre a Rússia e a Síria", referiu Peskov, citado pela agência espanhola EFE.
A Rússia, a par do Irão, era o maior apoiante do ex-presidente Bashar al-Assad, que foi deposto em 08 de dezembro de 2024 por uma coligação de rebeldes liderada por Charaa.
Assad refugiou-se na Rússia na sequência da vitória da coligação dominada pelo grupo islamita Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), de Charaa.
Moscovo manifestou recentemente preocupação com o recrudescimento da violência na Síria, em especial nas províncias costeiras de Latakia e Tartus, onde a Rússia tem bases militares.
Putin falou pela primeira vez com Charaa em 12 de fevereiro, e concordaram em prosseguir os contactos para desenvolver uma agenda de cooperação bilateral.
A Rússia aprovou em dezembro uma lei que excluiu a HTS da lista de organizações terroristas.
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