"Devido à deterioração das relações económicas e comerciais sino-americanas e à situação da segurança interna nos Estados Unidos, o Ministério da Cultura e do Turismo lembra aos turistas chineses que devem avaliar plenamente os riscos de viajar para os Estados Unidos e viajar com cautela", declarou o ministério, num comunicado citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.
O aviso surge em plena escalada da guerra comercial entre Washington e Pequim, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter decidido impor tarifas aduaneiras a praticamente todos os países do mundo, com mão especialmente pesada para a China, a que aplicou taxas que ascendem a 104%.
Em retaliação, Pequim anunciou hoje um aumento de 34% para 84% nas tarifas para os produtos provenientes dos EUA.
Por outro lado, o Ministério da Educação de Pequim emitiu um outro aviso, citando uma proposta de lei que está em aprovação pelo parlamento do Ohio e que contém "disposições negativas relacionadas com a China".
Segundo o Governo chinês, a proposta "contém disposições negativas relacionadas com a China e impõe restrições aos intercâmbios educacionais e à cooperação entre universidades chinesas e norte-americanas".
"O Ministério da Educação lembra a todos os estudantes estrangeiros que devem efetuar avaliações dos riscos de segurança (...) quando optarem por estudar em estados relevantes dos Estados Unidos num futuro próximo", acrescentou no aviso.
A proposta de lei do Ohio, que visa sobretudo iniciativas em matéria de diversidade, equidade e inclusão nas universidades públicas do estado, também faz referência à China para impedir a "influência estrangeira".
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