Presidente guineense anuncia taxa aduaneira de 10% na importação dos EUA

O presidente guineense, Umaro Sisssoco Embalo, anunciou hoje que o país vai assumir "o princípio de reciprocidade" e fixar também uma tarifa aduaneira de 10% aos produtos importados dos Estados Unidos de América com quem admite "conversar depois".

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Lusa
14/04/2025 21:58 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

"Já disse que não existem Estados pequenos, existem países pequenos", observou Umaro Sissoco Embaló, à margem de uma visita às obras de construção de um "novo hospital de referência", em Bissau, financiado pelos Emirados Árabes Unidos.

 

A administração do presidente norte-americano, Donald Trump fixou uma taxa de 10% aos produtos provenientes da Guiné-Bissau, uma medida que Umaro Sissoco Embalo considera normal.

"Nós também vamos fixar-lhes as tarifas. É vice-versa (...). Trump é presidente dos Estados Unidos, Umaro Sissoco Embaló é presidente da Guiné-Bissau", defendeu Embalo.

Na comitiva presidencial que visitou as obras do futuro novo hospital, se encontrava o ministro da Economia, Soares Sambu, a quem Umaro Sissoco Embalo pediu que identificasse os produtos importados dos Estados Unidos para serem taxados em 10%.

 "Depois conversamos", disse Umaro Sissoco Embalo e lembrou ter dado a mesma resposta quando os Estados Unidos sancionaram o país, em 2023, alegando falhas no combate ao tráfico de seres humanos.

"É como quando nos sancionaram, nós também produzimos um decreto e sancionar os Estados Unidos. Simples. Depois conversamos, entendemos que foi um erro (da parte dos Estados Unidos) e nós também retiramos as nossas sanções (contra eles), tudo isso sempre numa dinâmica de que não existe Estado pequeno", sublinhou o presidente guineense.

No passado dia 18 de março e à saída de uma audiência com Sissoco Embalo, em Bissau, o embaixador norte-americano para o Senegal e Guiné-Bissau, Michael Raynor desmentiu que o seu país tenha imposto alguma sanção à Guiné-Bissau.

"Quero agradecer a oportunidade de esclarecer que nunca houve sanções impostas à Guiné-Bissau sobre o tráfico de pessoas ou outras quaisquer", afirmou Raynor para acrescentar que "houve sim restrições nas relações e parcerias".

 O diplomata norte-americano observou que as restrições foram levantadas em 2024 devido aos esforços no combate ao tráfico de pessoas, fazendo com que a Guiné-Bissau fosse retirada da categoria menor nessa luta.

Leia Também: Oposição guineense denuncia tentativa de prender presidente da Liga Direitos Humanos

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