A proposta de resolução, subscrita por mais 15 eurodeputados -- a maioria do grupo parlamentar da Esquerda, a que Oliveira pertence, três dos Verdes e dois não inscritos - tem como objetivo "dar um sinal político forte com impacto também económico", disse João Oliveira à Lusa.
Defendendo que a UE tem de fazer "pressão política para pôr fim ao genocídio em Gaza" e também às intervenções na Cisjordânia, o eurodeputado salientou também que o acordo de cooperação UE-Israel tem uma importante vertente financeira, nomeadamente nas áreas da ciência e investigação.
João Oliveira enviou já perguntas escritas à Comissão Europeia e ao Conselho da UE sobre o tema, mas adiantou que "com a resolução ganha outro peso, nomeadamente pela adesão de outros grupos políticos".
"Vamos insistir para que o processo formal possa ser rapidamente tramitado e procurar fazer pressão para ser debatida na sessão plenária mais próxima possível", acrescentou.
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas ao sul de Israel a 07 de outubro de 2023.
O ataque provocou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais.
Das 251 pessoas raptadas na altura, 58 continuam retidas em Gaza, 34 das quais mortas, segundo o exército.
No domingo, o Ministério da Saúde do Hamas anunciou que pelo menos 1.574 palestinianos tinham sido mortos desde o recomeço das operações militares israelitas a 18 de março, elevando para 50.944 o número de mortos em Gaza desde o início da resposta israelita, há 18 meses.
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