No sábado, o Hamas divulgou mais um vídeo de propaganda de um refém que é mantido em cativeiro. Trata-se do refém Elkana Bohbot que está preso em Gaza há mais de 560 dias.
No vídeo, que a família autorizou a ser partilhado, é possível ver Bohbot, perturbado e com uma aparência desnutrida, enquanto finge estar ao telefone com a sua mulher e filhos e lhes diz que sonha regressar a casa.
"Continuem a fazer tudo por mim", diz o refém, de forma emocionada, e acrescenta que tem apelado ao estado, ao governo e a todos.
"Também apelei às Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês). Ouvi dizer que eles estão a assinar petições para parar a guerra e nos libertar [...]. Eles preocupam-se mais do que o governo", continua.
Elkana Bohbot refere ainda que a sua saúde não está boa e que tem medo de morrer. Dirigiu também uma mensagem ao seu irmão para que vá à Casa Branca e que peça ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o tirar de Gaza.
With the family’s permission: Hamas released a propaganda video of hostage Elkana Bohbot, 36, for the third time.
— Hen Mazzig (@HenMazzig) April 19, 2025
They forced him to fake a phone call with his family—who he hasn’t spoken to in 550+ days. This is one of the most sick acts of psychological terrorism I’ve seen. We… pic.twitter.com/XZp0YngTDU
Depois da família ter autorizado a publicação do vídeo de Elkana Bohbot, emitiu um comunicado, dizendo que estão "chocados e devastados".
"No fim da Páscoa, a única coisa que estamos a viver é o oposto da liberdade. Quanto sofrimento pode uma pessoa aguentar? Estamos extremamente preocupados com a condição física e mental de Elkana. Todos conseguem vê-lo", diz o comunicado, citado pelo Times of Israel.
A família apelou a "todos os envolvidos" que tragam os reféns "para casa" e que ponham um "fim ao sofrimento" deles e das famílias, assim como ao sofrimento de "todas as famílias judias do mundo".
Elkana Bohbot, 36 anos, foi raptado do festival de música eletrónica. No dia do massacre, o israelita fazia parte da equipa de produção do evento e ajudou a evacuar o local e a tratar dos feridos durante o ataque. É pai de um rapaz de quatro anos.
Dos 251 reféns raptados em outubro de 2023, 58 ainda se encontram em cativeiro, dos quais pelo menos 34 foram declarados mortos pelo exército israelita.
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