O Irão e os Estados Unidos deverão voltar a encontrar-se no sábado, em Omã, para uma nova sessão de conversações sobre a questão nuclear iraniana entre Araghchi e o enviado dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff.
Ao mesmo tempo, peritos iranianos e norte-americanos deverão iniciar discussões técnicas sobre a questão nuclear na capital de Omã.
"É necessário manter os nossos amigos na China informados sobre a evolução das negociações e consultá-los", disse Araghchi à televisão estatal iraniana.
A China é um dos signatários do acordo nuclear internacional celebrado com o Irão em 2015, mas que caducou na sequência da decisão dos EUA de se retirarem do mesmo três anos depois, durante a primeira presidência de Donald Trump.
"A China desempenhou um papel importante e construtivo na questão nuclear no passado, e o mesmo papel é certamente necessário no futuro", acrescentou o ministro iraniano.
O acordo de 2015 previa o levantamento das sanções internacionais contra o Irão em troca da supervisão do seu programa nuclear pela Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA).
De acordo com a AIEA, o Irão estava a honrar os seus compromissos até à retirada dos EUA, que foi acompanhada pelo restabelecimento das sanções norte-americanas.
A China é o maior parceiro comercial do Irão e um dos principais compradores do seu petróleo sob sanções.
Cerca de 92% do petróleo do Irão destina-se ao país asiático, muitas vezes com descontos substanciais, de acordo com os órgãos de comunicação iranianos.
Em 2021, a China assinou um vasto acordo estratégico de 25 anos com o Irão. Esta importante parceria abrange áreas tão variadas como a energia, a segurança, as infraestruturas e as telecomunicações.
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