"Os Estados Unidos apoiam a Índia e condenam firmemente todos os atos de terrorismo", declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, numa conferência de imprensa.
Um ataque terrorista na terça-feira, num prado perto da cidade turística de Pahalgam, na Caxemira administrada pela Índia, matou 26 pessoas.
A Frente de Resistência (TRF) reivindicou a autoria do atentado num comunicado divulgado pelos meios de comunicação social indianos.
O grupo armado é considerado um ramo da Lashkar-e-Taiba (LeT), uma organização militante sediada no Paquistão, responsável pelos ataques de 2008 em Mumbai.
"Rezamos pela vida dos mortos e pela recuperação dos feridos, e apelamos a que os autores deste ato hediondo sejam levados à justiça", continuou Bruce.
A Índia acusou o Paquistão de estar por detrás do sucedido, desencadeando uma série de represálias diplomáticas.
Ainda hoje o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, prometeu perseguir "até aos confins da Terra" os autores do ataque terrorista.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, suspendeu todos os vistos para os cidadãos paquistaneses e deu-lhes 72 horas para abandonarem o país.
O seu homólogo paquistanês, Shehbaz Sharif, tomou a mesma medida, para além de expulsar os diplomatas do Paquistão, fechar o seu espaço aéreo às companhias aéreas indianas e encerrar a sua fronteira terrestre com a Índia.
A disputa sobre Caxemira é um conflito territorial histórico entre Índia, Paquistão e China que remonta a 1947, quando o subcontinente indiano foi dividido após a independência do Império Britânico, embora esta seja a maior escalada de tensão desde 2019, quando um ataque na Caxemira indiana a um comboio policial resultou na morte de dezenas de polícias indianos.
A região tem sido historicamente um ponto de inflamação entre a Índia e o Paquistão desde a independência e sobre ela travaram várias guerras e conflitos menores.
Ambos os países reivindicam a soberania do território, que se encontra sob revolta armada desde 1989.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar a insurreição, o que Islamabad nega.
Os EUA, no entanto, recusaram-se a "tomar uma posição" sobre o estatuto jurídico de Caxemira.
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