Lubitz pode ter feito 'curto-circuito' e agido por impulso

À TSF, um psiquiatra explicou o que pode ter passado pela cabeça do copiloto que provocou, propositadamente, a queda do Aribus da Germanwings. A monitorização por parte da companhia aérea é essencial e não deve ser descurada, apesar dos custos.

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Notícias Ao Minuto
27/03/2015 10:30 ‧ 27/03/2015 por Notícias Ao Minuto

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Germanwings

“Até que ponto há uma supervisão, uma monitorização, um acompanhamento que permita salvaguardar, tanto quanto possível, situações de risco?”. É esta a questão que psiquiatra Vítor Cotovio coloca, no seguimento dos últimos dados conhecidos em relação à queda ao avião da Germanwings, que levou à morte de 150 pessoas.

Em causa está o facto de ter sido o copiloto a provocar propositadamente o acidente, quando o piloto se ausentou do cockpit e foi impedido de entrar novamente. Suspeita-se que se possa ter tratado de um ato suicida.

Em declarações à TSF, o médico assumiu que nem sempre é possível, do ponto de vista da psiquiatria, controlar tudo e que há aspetos que podem escapar. Contudo, assegurou que “isso não invalida que tenha de se perceber se os procedimentos que estão instituídos têm grau de eficácia e são feitos de maneira a que as coisas sejam prevenidas, tanto quanto possível”. Os custos para a empresa não devem sobrepor-se a esta questão, no seu entender.

Irritabilidade, perturbação de sono, mudanças comportamentais e apatia podem ser indicadores de maior descontrolo a nível psicológico, explicou o clínico, certo de que pessoa deprimida tendencialmente atenta contra si, o que não aconteceu neste caso.

“Esta pessoa não está ligada emocionalmente às pessoas que estão no avião. Isso leva-nos para a hipótese de curto-circuito: numa pessoa que esteja muito menos resistente às frustrações, determinado fator pode funcionar como gatilho. As pessoas às vezes fazem um curto-circuito de uma forma impulsiva, não passando pelo pensamento”, acrescentou o psiquiatra.

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