No sábado e na madrugada de hoje, a Marinha, a Guarda Costeira e a Guardia de Finanza italianas, em conjunto com barcos de operações europeias, levaram a cabo uma das operações mais intensas dos últimos meses ao localizarem 22 embarcações, 16 botes de borracha e seis barcaças, em frente à costa da Líbia.
Quase todas as embarcações tinham partido da costa da Líbia na noite de sexta-feira e, no sábado, durante todo o dia, tendo contactado a central da Guarda Costeira quando estavam a cerca de 20 a 30 milhas da costa de África.
Na operação de resgate participaram embarcações da Guarda Costeira, da Guardia de Finanza e da Marinha, assim com o navio norueguês Siem Pilot e o irlandês Le Niamh, que fazem parte do dispositivo europeu Tritón, e o barco britânico Enterprise, da nova operação europeia Eunavfor Med.
Um primeiro grupo chegou durante a noite à ilha de Lampedusa, a que está situada mais perto da costa africana, tendo hoje de manhã sido preparados os portos sicilianos de Trapani, Palermo, Auhusta, Pozzalo, Messina e Catania, para receber o resto dos migrantes.
Destes, 935 estão no navio norueguês Siem Pilot, que deverá atracar na segunda-feira em Calgari, na ilha da Sardenha, para facilitar a chegada dos restantes aos portos sicilianos.
Os cerca de 300 migrantes que viajavam em três botes de borracha foram transportados para o Dignity, barco da organização Médicos sem Fronteiras.
Enquanto se aguarda pelo desembarque destas 4.700 pessoas, a Polícia e as procuradorias italianas tentam localizar os traficantes que viajavam no meio dos migrantes.
Três egípcios e um palestiniano foram hoje detidos, depois de terem sido identificados como os traficantes que viajavam numa embarcação, pelos 297 migrantes que chegaram no sábado ao porto de Palermo.
Na quinta-feira foram detidos seis egípcios, também depois de terem sido identificados por migrantes.