Crise na Guiné-Bissau tem que ser resolvida "apenas pelos guineenses"

O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, considerou hoje a crise politica na Guiné-Bissau como "uma situação preocupante" mas que tem que ser resolvida "apenas pelos guineenses e através do diálogo".

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Lusa
01/09/2016 20:04 ‧ 01/09/2016 por Lusa

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CPLP

"A situação é preocupante porque todo o processo de desenvolvimento atrasa, a ajuda internacional que nós tínhamos conseguido na conferência de Bruxelas ainda não começou a surtir os seus efeitos, portanto há toda uma situação que nos preocupa a todos nós", disse.

"A solução tem que ser o diálogo, os guineenses têm que se entenderem, não somos nós (CPLP) que vamos impor uma solução à Guiné-Bissau. Os guineenses têm que sentar, continuar a dialogar e encontrar uma saída para a sua situação, a CPLP não pode fazer mais do que isso", acrescentou.

"A CPLP não tem um braço militar para fazer uma força de interposição, daí que tem que ser através do diálogo e de muita diplomacia e temos feito esse trabalho, quer seja apoiando as decisões que são tomadas a nível das Nações Unidas, quer seja da União Africana e a própria CPLP", sublinhou.

A crise politica na Guiné-Bissau arrasta-se há vários meses com os principais partidos políticos a não se entenderem quanto à discussão do programa do governo no parlamento.

A comissão permanente do Parlamento da Guiné-Bissau chumbou quarta-feira o requerimento de um grupo de deputados, que apoiam o Governo, para a convocação de uma sessão extraordinária para o debate do programa de ação do Executivo.

O secretário executivo da CPLP encontra-se em São Tomé e Príncipe para participar na investidura do Presidente eleito, Evaristo de Carvalho e terá vários encontros com as autoridades para discutir a situação da organização, particularmente a agenda para a cimeira de chefes de Estado e de Governo em novembro no Brasil.

 

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