Síria: Comissão de inquérito da ONU pede revitalização das tréguas

A comissão de inquérito da ONU sobre os direitos humanos na Síria apelou hoje à revitalização das tréguas que entraram em vigor em fevereiro e ao levantamento dos vários cercos impostos a perto de 600.000 pessoas.

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Lusa
06/09/2016 15:50 ‧ 06/09/2016 por Lusa

Mundo

Cessar-Fogo

O apelo ocorre quando na frente diplomática Washington e Moscovo -- que negociaram as tréguas de fevereiro -- parecem incapazes de acordar formas de reduzir a violência no país, onde já morreram mais de 290.000 pessoas no conflito iniciado em 2011.

"O acordo de cessação das hostilidades que entrou em vigor a 27 de fevereiro ofereceu um vislumbre de esperança aos que procuram um caminho para uma resolução política do conflito", assinalam os investigadores no seu 12.º relatório, sobre os primeiros seis meses de 2016, adiantando que "nas semanas que se seguiram ao acordo, houve uma diminuição da violência armada em grande parte do país".

A comissão, mandatada pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, lamenta o "aumento acentuado" dos combates e ataques contra civis desde o final de março e nota que os grupos rebeldes perderam novamente terreno face às forças governamentais.

Recomenda a todas as partes que "revitalizem a cessação das hostilidades" e que "acabem com os ataques indiscriminados contra a população civil".

A comissão indica que "durante os últimos seis meses houve um forte aumento dos ataques contra o pessoal de saúde e os centros médicos" e que "a maioria desses ataques foi realizada pelas forças pró-governamentais".

Os investigadores apelam ainda às partes em conflito para acabarem com os cercos que afetam quase 600.000 pessoas na Síria e a autorizarem a distribuição "sem condições e entraves" da ajuda humanitária.

A comissão refere igualmente continuar a investigar alegações de utilização de armas químicas, adiantando ter recebido "informações credíveis" sobre a utilização de cloro num bombardeamento a 05 de abril na cidade de Alepo.

 

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