Turquia cada vez mais longe de entrar na UE, diz ministro alemão

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Sigmar Gabriel, reiterou hoje dúvidas sobre a adesão da Turquia à União Europeia (UE), mas recordou que se trata de um vizinho com quem há que continuar a manter relações.

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Lusa
18/03/2017 14:17 ‧ 18/03/2017 por Lusa

Mundo

Sigmar Gabriel

"A Turquia está hoje mais longe do que nunca de ser membro da União Europeia ", disse numa entrevista que o semanário "Der Spiegel" publica hoje. O ministro lembrou que sempre teve dúvidas sobre essa adesão, mas que era uma opinião em minoria dentro do Partido Social Democrata (SPD).

O responsável disse que chegou a discutir o assunto várias vezes com o então primeiro-ministro e atual Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a quem disse que a UE estava num estado que "qualquer ampliação seria muito complicada, inclusivamente se a Turquia cumprisse com todos os requisitos".

Erdogan respondera, segundo Gabriel, que "não queria necessariamente ser admitido, que apenas queria orientar-se segundo os ´standards´ europeus para modernizar o seu país".

O chefe da diplomacia alemã também disse que não concordou com a ideia da chanceler Angela Merkel de uma relação privilegiada com a Turquia, "porque dessa maneira os turcos poderiam sentir-se como europeus de segunda".

A relação com o Reino Unido no entanto é bem diferente, disse, explicando: "Estamos bem assessorados para conseguir com o Reino Unido, após a sua saída da UE, uma ´relação especial´. Para a UE será um importante processo de aprendizagem. Talvez a longo prazo alguma coisa disto possa servir de modelo para outros países".

Ainda em relação à Turquia, Sigmar Gabriel disse que se forem ultrapassados certos limites Berlim tomará medidas para proibir campanha de políticos turcos na Alemanha sobre o referendo, convocado pela Turquia para 16 de abril, que amplia os poderes do Presidente.

Sobre as comparações por parte da Turquia da atual Alemanha com a Alemanha nazi, o ministro disse: "o que se tem ouvido nas últimas semanas é tão irreal e absurdo que até custa continuar a ouvir". E acrescentou: "Não temos que responder a cada provocação com uma nova provocação".

 

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