Aquela que é a apelidada como sendo a 'mãe de todas as bombas' foi lançada, esta quinta-feira, pela primeira vez, no Afeganistão.
Os Estados Unidos lançaram a GBU-43 na província afegã de Nangarhar numa zona de grutas dominadas pelos jihadistas do Estado Islâmico.
A mais potente bomba não-nuclear, que carrega cerca de 10 toneladas de explosivos, apenas tinha sido detonada anteriormente em testes levados a cabo em 2003.
Segunda informação da agência Lusa, a bomba foi desenvolvida para o Exército norte-americano por Albert L. Weimorts Jr., entretanto falecido, e começou a ser fabricada em 2001 no Laboratório de Investigação da Força Aérea.
Trata-se de uma bomba com um comprimento de 9,2 metros e um diâmetro de um metro, pesando 9,5 toneladas, dos quais 8,4 toneladas são explosivos de alta potência.
O diâmetro da explosão provocada por esta bomba atinge os 1,4 quilómetros e a destruição na zona de impacto provocada pela onda de choque é capaz de alcançar uma distância de 1,5 quilómetros do epicentro.
A bomba foi lançada hoje pela primeira vez em combate, uma vez que até agora apenas foi sujeita a testes, o primeiro dos quais em 2003 na Base da Força Aérea Englin, na Flórida. Um outro teste foi realizado a 21 de novembro do mesmo ano.
Uma das principais características desta bomba, a capacidade de atingir grandes profundidades e destruir construções, como túneis, esteve na origem da escolha.
A bomba GBU-43 consegue atingir túneis com grande precisão, tendo sido esta a razão da sua escolha, já que, segundo o general John W. Nicholson, comandante das forças norte-americanas no Afeganistão, os jihadistas têm estado a trabalhar em defesas subterrâneas em bunkers.
Esta bomba não nuclear é considerada a segunda mais poderosa, só ultrapassada pelo artefacto explosivo russo FOAB, conhecido como "o pai de todas as bombas".