"Estamos prontos para uma troca e queremos regressar à China, à nossa terra natal", afirmou, em conferência de imprensa, um dos supostos combatentes chineses, citado pela agência de notícias EFE, apesar da condição de prisioneiro e de a liberdade de expressão poder estar condicionada.
Os dois prisioneiros de guerra apresentaram-se junto de um intérprete e de elementos das forças de segurança ucranianos de rosto tapado, de acordo com imagens divulgadas pela agência de notícias Ukrinform.
Ambos alegaram não ter qualquer ligação com o Governo de Pequim e explicaram que assinaram um contrato com o Exército russo depois de verem um anúncio para desempenhar funções médicas nas redes sociais chinesas.
"Em algumas plataformas, como Kuaishou ou TikTok, alguns 'bloggers' publicam este tipo de anúncios", disse Wang Guangjun, um dos dois prisioneiros de guerra que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou, na semana passada, terem sido sido capturados pelas forças de Kiev na região oriental de Donetsk.
Posteriormente, Zelensky afirmou que há centenas de chineses a combater pelo lado russo na invasão da Ucrânia.
Pequim negou qualquer envolvimento no conflito através de cidadãos.
Os prisioneiros indicaram ainda que nunca tinham servido nas forças armadas da China e referiram a presença de pelo menos mais uma dezena de cidadãos chineses nestas unidades do Exército russo, que os recrutava para os trabalhos mais pesados.
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