A Polícia Metropolitana de Londres garantiu, num comunicado emitido esta quinta-feira, que o homem espanhol que perdeu a vida na sequência dos ataques terroristas em Londres não foi atingido pela polícia.
A informação surge depois de vários órgãos de comunicação em Espanha terem noticiado esta suspeita, adensada pelo facto de o corpo de Ignacio Echeverría ter demorado vários dias a ser identificado.
O madrileno de 39 anos a residir em Londres perdeu a vida ao tentar proteger uma mulher atacada por um dos terroristas no Borough Market, no passado sábado. Só esta quarta-feira, contudo, surgiu a confirmação de que o até então desaparecido estava entre os mortos.
Numa nota emitida em reação à versão dos acontecimentos que ganhava força entre os espanhóis, a Polícia Metropolitana de Londres emitiu uma nota na qual admitiu ter baleado acidentalmente uma pessoa, mas garantiu que essa pessoa não é Ignacio Echeverría.
“Quando os polícias enfrentaram os terroristas, um inocente sofreu ferimentos provocados por uma bala. Essa pessoa permanece, neste momento, num hospital, onde está a receber tratamento médico”, referiram as autoridades britânicas.
“Não confirmamos as informações que estão a ser difundidas pelos media espanhóis a indicar que uma pessoa do público foi atingida por um disparo mortal efetuado pela polícia”, clarificou a polícia.
Os familiares da única vítima espanhola dos atentados na capital do Reino Unido já receberam, do hospital onde este estava internado, uma explicação para a morte, mas preferiram não a divulgar, segundo o ESdiario.
O jornal espanhol refere ainda que a ministra do Interior britânica, Amber Rudd, pediu “desculpas e compreensão” ao governo espanhol pela demora na identificação do corpo de Ignacio Echeverría.