Cerca de vinte embarcações, entre caiaques, veleiros e barcos pneumáticos, reuniram-se no porto para exigir que as autoridades impeçam o acesso ao porto do barco C-Star, do grupo extremista Génération Identitaire (GI), em particular pelos núcleos francês, italiano e alemão da organização.
"Nós estamos aqui para fechar simbolicamente o porto de Catânia" a este navio, explicou à France Presse Luca Nicotra, responsável em Itália da organização Avaaz, de defesa dos direitos cívicos.
"Fechado para racistas", pode ler-se em vários cartazes empunhados pelos manifestantes.
Nicotra disse que o objetivo é apelar às autoridades para impedir que o barco em causa possa interferir com as operações de salvamento de imigrantes no mar Mediterrâneo por organizações não-governamentais.
O barco C-Star foi detido quarta-feira em Famagusta, cidade da parte turca da ilha de Chipre, e autorizado quinta-feira a deixar esse porto.
Esse barco foi fretado por grupos de extrema-direita para uma operação batizada de "Defender a Europa", com o objetivo de interceder barcos com imigrantes clandestinos e obrigá-los a regressar à Líbia, que as autoridades.
A guarda costeira italiana considera que a Líbia não é um "porto seguro" no âmbito do Direito Marítimo e Portuário e efetua sempre a transferência para Itália dos migrantes que são resgatados sob a sua coordenação.
Segundo os últimos dados da Organização Internacional para as Migrações, mais de 111.000 migrantes chegaram à Europa por mar desde janeiro, quase 93.500 a Itália. Mais de 2.360 morreram a tentar a travessia.