O porta-voz do aeroporto Ngurah Rai, Aroe Ahsanurrohim, anunciou anteriormente que o espaço aéreo iria ser reaberto, tendo apontado que tal devia suceder pelas 15:00 (07:00 em Lisboa).
Segundo o mesmo responsável, a cinza vulcânica estava a deslocar-se para sul e sudeste, deixando o céu limpo por cima do aeroporto, permitindo que seja possível aos aviões aterrarem e descolarem.
O aeroporto Ngurah Rai foi encerrado na manhã de segunda-feira, com o cancelamento de voos a afetar dezenas de milhares de passageiros.
O Presidente da Indonésia, Joko "Jokowi" Widodo, ordenou a todos os ministérios e agências, bem como aos militares e a polícia, para ajudar o governo da ilha turística de Bali a lidar com a situação.
Nos primeiros dois dias de encerramento foram cancelados no aeroporto internacional Ngurah Rai quase 900 voos -- 445 na segunda e 443 na terça --, a somar a 31 ligações aéreas anuladas no aeroporto da ilha de Lombok, a leste da ilha de Bali, que afetaram mais de 100 mil passageiros.
O diretor de informação da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNBP, em indonésio), Sutopo Purwo Nugroho, indicou, através das redes sociais, que a nuvem de cinza atingiu uma altitude de 25.000 pés (7.600 metros) sobre o nível do mar.
Pelo menos 22 aldeias próximas ao vulcão foram afetadas pela cinza que se move na direção sudoeste.
O Centro de Vulcanologia e Mitigação de Perigos Geológicos elevou, na segunda-feira, para o máximo o nível de alerta de erupção, alargou o perímetro de segurança até um raio de dez quilómetros em torno da cratera e advertiu para o risco de uma erupção maior.
As autoridades indonésias ordenaram a retirada de aproximadamente 100 mil pessoas que habitam na zona de perigo, das quais quase 40 mil registaram-se já nos abrigos localizados em vários pontos da ilha turística, apesar de haver residentes que recusam abandonar as suas casas.
A última grande erupção do vulcão Agung, que ocorreu em 1963 e prolongou-se por quase um ano, causou mais de 1.100 mortos.
Bali figura como o principal destino turístico da Indonésia, com una afluência anual na ordem dos 5,4 milhões de visitantes estrangeiros, segundo dados oficiais.
O arquipélago da Indonésia situa-se no chamado "Anel de Fogo" do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que regista milhares de sismos por ano, a maioria moderados.