Um relatório entregue em outubro passado ao Ministério do Interior britânico, e agora divulgado pelo governo, indica que o bombista responsável pelas 22 mortes no Manchester Arena, em maio, já era conhecido pelas autoridades e que o ataque poderia ter sido impedido, avança o Guardian.
O documento revela que o MI5, os serviços secretos britânicos, estiveram no encalço de Salman Abedi entre janeiro e julho de 2014 e, mais tarde, em outubro de 2015.
David Anderson, advogado e conselheiro da Rainha, e um dos assinantes do relatório, afirma que o ataque poderia ter sido evitado se “a sucessão de acontecimentos tivesse sido diferente”. Nos meses que antecederam o atentado, o MI5 recebeu informações sobre o bombista “cuja verdadeira importância não foi percebida na altura”.
Abedi regressou ao Reino Unido, vindo da Líbia, quatro dias antes do ataque mas não foi interrogado pelas autoridades. Havia uma reunião agendada para discutir o caso de Abedi, que estava marcada para 31 de maio. O ataque ocorreu a 22 do mesmo mês.
“Mesmo com o benefício da retrospetiva, a informação foi mal interpretada em 2017”, indicou o especialista.