Seul destacou a importância da representação norte-coreana nas Olimpíadas, para "lançar as bases da paz" entre os dois países vizinhos, realçando a aprovação por parte do COI para que as duas Coreias apresentem, pela primeira vez, uma equipa conjunta, segundo um porta-voz do gabinete presidencial.
"Competir com uma equipa conjunta é um passo fundamental para a participação norte-coreana nos jogos", referiu o porta-voz.
Seul anunciou ainda que Pyongyang autorizou o envio de uma equipa sul-coreana de esqui à estação da Coreia do Norte de Masikryong, para treinos conjuntos antes do início dos Jogos Olímpicos, que decorrem entre 09 e 25 de fevereiro.
Além destes treinos, as duas Coreias preveem realizar uma iniciativa cultual no monte Kumgang, também no norte da fronteira entre os dois países.
No sábado, o Comité Olímpico Internacional anunciou que 22 atletas norte-coreanos vão competir nos Jogos Olímpicos de Inverno na cidade sul-coreana de PyeongChang e que as equipas das duas Coreias vão desfilar juntas na cerimónia de abertura.
O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, indicou que os atletas da Coreia do Norte vão competir em cinco modalidades desportivas, incluindo numa equipa feminina conjunta de hóquei no gelo, composta por atletas das duas Coreias.
Patinagem artística no gelo, patinagem de velocidade em pista curta, esqui alpino e esqui de fundo são as outras modalidades que terão atletas norte-coreanos.
A delegação de Pyongyang que estará nos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, vai integrar ainda 24 treinadores e representantes oficiais.
O acordo entre Pyongyang e Seul, que estão tecnicamente em guerra há mais de 65 anos, para as Olimpíadas de Inverno foi possível depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ter levantado a possibilidade, durante a sua mensagem de Ano Novo, de a Coreia do Norte enviar uma delegação à competição.
Este acordo também marcou o restabelecimento da comunicação entre as duas Coreias, algo que não acontecia desde 2016.