O ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush afirmou esta quinta-feira que existem “provas claras” de que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016, que deram a vitória a Donald Trump.
Numa visita para uma conferência nos Emirados Árabes Unidos, George W. Bush nunca se referiu diretamente a Donald Trump, mas deixou bem vincada a sua condenação face à influência que Moscovo parece assumir na política norte-americana, sobretudo durante a campanha presidencial.
“Há provas claras de que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais de 2016”, afirmou Bush, na conferência em Abu Dhabi, reportando-se a Vladimir Putin como “soma zero”. “Ele não pensa ‘como é que podemos ganhar?’, só pensa ‘como é que eu posso ganhar e eles perderem?’”.
No entanto, Bush não foi muito claro relativamente ao impacto da interferência russa nas eleições, mas considerou “problemática” a interferência de um país estrangeiro. “É problemático que uma nação estrangeira esteja envolvida nas nossas eleições”, rematou.
Recorde-se que uma equipa liderada pelo procurador especial Robert Mueller está a investigar se houve, realmente, uma interferência de Moscovo nas eleições norte-americanas com o objetivo de ajudar Donald Trump a vencer Hillary Clinton. Para lá disso, está a ser investigado também se houve conluio da equipa de campanha de Trump com a Rússia, e se o agora presidente dos Estados Unidos tentou obstruir as investigações ao caso.