Subiu para quatro o número de vítimas mortais, entre elas o atirador, do sequestro levado a cabo esta sexta-feira por Redouane Lakdim, um jovem de 26 anos autor que acabou abatido pelas autoridades, num supermercado de Trèbes, no sudoeste de França.
Há ainda a registar, pelo menos, 17 feridos, alguns dos quais em estado grave.
Apesar de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter admitido a hipótese de França estar perante "um ataque terrorista", essa tese parece ter sido entretanto afastada pelo ministro francês do Interior, Gérard Collomb.
Redouane Lakdim era conhecido das autoridades por pequenos delitos, mas "não havia sinais de se ter radicalizado", disse Collomb, em conferência de imprensa em Aube, o departamento em que se situa Trèbes.
Lakdim "agiu sozinho" e exigia a libertação do único presumível autor dos ataques de novembro de 2015 vivo, Salah Abdeslam.
O ministro explicou que um polícia, um tenente-coronel de 45 anos que se encontrava no supermercado, tomou o lugar de um refém. Esse polícia foi ferido com gravidade e outros dois polícias sofreram ferimentos durante o assalto.
Fontes próximas da investigação citadas pela agência France-Presse disseram que, antes do ataque ao grupo de polícias e do sequestro no supermercado, o suspeito terá morto uma pessoa, que ao que tudo indica será de nacionalidade portuguesa, e ferido outra para roubar a viatura em que seguiam.
Depois, já ao volante do veículo roubado, passou pelo grupo de polícias e disparou seis tiros, ferindo um deles num ombro, e seguiu para Trèbes, a cerca de dez quilómetros, onde entrou no supermercado Super U e fez reféns.
O sequestro no supermercado começou cerca das 11h15 locais (10h15 em Lisboa) e o assalto foi lançado às 14h25 (13h25 em Lisboa).