Incêndios: Maior mancha florestal de Mondim de Basto "dizimada"
O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Humberto Cerqueira, afirmou hoje à agência Lusa que a "maior mancha florestal" do concelho foi hoje "dizimada pelas chamas".
© Lusa
País Mondim de Basto
É com uma "dor no coração" que o autarca olha para a paisagem pintada de negro. "Nós temos 11 mil hectares de mata e parte dessa riqueza está a ser destruída", salientou.
Para além do pinhal, as chamas esta manhã rodearam várias aldeias e lugares do concelho, obrigando à retirada de alguns habitantes de casas mais isoladas e próximas das linhas de fogo. Foi o que aconteceu em Várzea, Carrazedo de Ermelo e Paço.
"Estamos a falar de uma zona que tem, tinha, uma mata de pinhal muito densa, com algumas habitações isoladas e, em alguns casos, as pessoas tiveram que sair até a passagem do fogo", referiu.
Agora, de acordo com Humberto Cerqueira, esses populares "irão calmamente regressar às suas habitações".
O autarca referiu que um armazém agrícola foi consumido pelas chamas.
Durante a tarde, com a chegada de dois aviões bombardeiros pesados franceses., que reforçaram os meios de combate, Humberto Cerqueira acredita que a "situação possa melhorar".
O vento forte também não ajudou à ação dos operacionais no terreno. "As condições atmosféricas ainda adversas mas melhoram. De qualquer maneira a situação é muito complicada", frisou.
De acordo com a página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), no combate às chamas neste incêndio que deflagrou na zona de Fervença, Parque Natural do Alvão, estão 252 operacionais e 85 veículos.
Para este incêndio foram acionados grupos de reforço de Castelo Branco, Coimbra e Leiria.
Já há mais de uma semana que esta zona do Alvão é atingida por fogos, que consumiram essencialmente mato.
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