e-Toupeira: Advogados da Benfica SAD "satisfeitos" com decisão
Os advogados da Benfica SAD que hoje acompanharam a decisão instrutória do processo 'e-toupeira', Rui Patrício e Paulo Saragoça da Matta, ficaram "satisfeitos" com a decisão do tribunal de instrução de não levar a julgamento a SAD 'encarnada'.
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País TCIC
"Estamos satisfeitos, era o que queríamos", lançou Rui Patrício aos jornalistas no final dos trabalhos no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), considerando que esta é "uma decisão que honra a justiça e que também honra o Benfica".
Já Saragoça da Matta destacou que foi proferida pela juíza de instrução criminal Ana Peres uma "decisão técnico-jurídica correta".
Questionado sobre se espera que o Ministério Público recorra da decisão do TCIC, Rui Patrício disse que, caso haja recurso, a defesa da Benfica SAD voltará a assegurar que os interesses da entidade serão salvaguardados.
"Respeitamos o tribunal. Tudo o mais, sejam considerações ou especulações, não nos cabe fazer comentários", disse, recusando comentar o facto de Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico das 'águias', ir para julgamento por corrupção.
Rui Patrício disse que a prioridade da defesa sempre foi demonstrar que "quaisquer atos que tivessem sido praticados não envolvem a Benfica SAD".
O TCIC, em Lisboa, decidiu hoje não levar a julgamento a SAD do Benfica, por nenhum dos 30 crimes pelos quais estava acusada, mas o antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves será julgado por corrupção.
A decisão instrutória foi proferida na tarde de hoje pela juíza de instrução criminal Ana Peres, que não pronunciou (não levou a julgamento) a SAD 'encarnada' por nenhum dos 30 crimes que constam da acusação do Ministério Público (MP): um de corrupção ativa, outro de oferta ou recebimento indevido de vantagem e 28 crimes de falsidade informática.
Segundo a acusação do MP, Paulo Gonçalves, enquanto assessor da administração da Benfica SAD, e no interesse da sociedade, solicitou aos funcionários judiciais Júlio Loureiro (que também não vai a julgamento) e a José Silva (que vai a julgamento, mas que sai em liberdade - estava em prisão domiciliária) que lhe transmitissem informações sobre inquéritos, a troco de bilhetes, convites e 'merchandising'.
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