O presidente do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) garantiu, esta quarta-feira, aos jornalistas que os polícias em protesto estão a ser tratados como se fossem “terroristas”. Algo que está a revoltar ainda mais os agentes da PSP que, esta semana, já tinham sido proibidos, pelo Tribunal Administrativo do círculo de Lisboa, de usar a farda durante a manifestação agendada para hoje, dia 13 de março.
“Os polícias estão a encarar com um enorme sentimento de revolta [a proibição da farda durante a manifestação]. Os polícias não podem aceitar que um direito que está salvaguardado na nossa lei sindical possa ser pura e simplesmente castrado à última da hora. Além disso, os polícias estão ainda mais revoltados por saber os métodos anti-motim que estão a ser aplicados na Praça do Comércio, onde foram, pela primeira vez, montados blocos de betão. Estão a tratar-nos como se fossemos terroristas. É inadmissível a forma como os polícias estão a ser tratados aqui”, afirmou Armando Ferreira.
Contudo, de acordo com o líder da Sinapol os milhares de agentes reunidos em frente a Direção Nacional da PSP, na Penha de França, em Lisboa, só vão dirigir-se em protesto até ao Ministério da Administração Interna, na Praça do Comércio, depois das 19h00, tal como está estipulado pela lei, para não originar mais conflitos.
“A situação está de facto a ferro e fogo, mas não seremos nós, os organizadores da manifestação, a dar armas para que nos seja instaurado um processo crime por tomarmos conta das vias públicas antes da hora que está referenciada na lei da manifestação. Portanto, sairemos daqui [Direção Nacional da PSP] dentro daquilo que a lei nos permite e a partir do momento que Comandante do Policiamento assim o permita”, garantiu o sindical.