Os arguidos requereram a abertura de instrução, fase facultativa em que um juiz de instrução criminal decide se o processo segue e em que moldes para julgamento, estando a leitura da decisão instrutória marcada para as 11:00 no TIC do Barreiro, a cargo de Carlos Delca, o mesmo juiz que está com o processo do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete.
Os arguidos, que se encontram em prisão preventiva desde 07 de setembro do ano passado, estão acusados dos crimes de homicídio qualificado e de profanação de cadáver.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os arguidos "gizaram um plano" que consistia em matar Amélia Fialho, mãe da arguida, pois a relação entre ambas "era marcada por discussões e desacatos constantes, por causa da relação amorosa entre os arguidos".
A vítima era a mãe adotiva de Diana© Facebook / Diana Fialho
Foi no seguimento desse plano que, refere a acusação, em 01 de setembro de 2018, ao jantar, o casal colocou na bebida da vítima "fármacos que a puseram a dormir" e, de seguida, desferiu "vários golpes utilizando um martelo", que causaram a morte da professora.
Após o homicídio, conta o MP, os arguidos embrulharam o corpo da mãe adotiva de Diana Fialho, colocaram-no na bagageira de um carro e deslocaram-se até um terreno agrícola, no qual, com recurso a gasolina, "atearam fogo ao cadáver".
Foi em 07 de setembro de 2018 que a filha adotiva e o genro da vítima foram detidos e presentes a tribunal, o qual decretou a medida de coação de prisão preventiva. A arguida está no Estabelecimento Prisional de Tires enquanto o homem no do Montijo.
A vítima, de 59 anos e professora de Físico-Química na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, foi encontrada morta a 05 de setembro de 2018, em Pegões, no concelho do Montijo, distrito de Setúbal.
O mau relacionamento familiar entre a vítima e os arguidos remontava, pelo menos, a 2014, ano em que a PSP do Montijo terá sido chamada a casa da família por alegadas agressões da filha adotiva à professora.