Juncker recorda "papel decisivo na democracia" de Freitas do Amaral

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, enviou as "sinceras condolências" à família do fundador do CDS e antigo ministro Freitas do Amaral, que hoje morreu aos 78 anos, recordando o seu "papel decisivo na democracia em Portugal".

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Lusa
03/10/2019 16:29 ‧ 03/10/2019 por Lusa

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Freitas do Amaral

"Condolências muito sinceras à família do professor Freitas do Amaral. Era um verdadeiro democrata-cristão e teve um papel decisivo na consolidação da democracia em Portugal", afirma Jean-Claude Juncker numa publicação feita através da sua conta oficial da rede social Twitter.

A publicação, feita em francês, é acompanhada de uma fotografia de Juncker junto a Freitas do Amaral.

O fundador do CDS e ex-ministro Diogo Freitas do Amaral morreu hoje, aos 78 anos, disse à agência Lusa fonte da família.

Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941. Foi líder do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, vice-primeiro-ministro e ministro em vários governos.

Freitas do Amaral, que estava internado desde 16 de setembro, fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.

No final de junho deste ano, Freitas do Amaral lançou o seu terceiro livro de memórias políticas, intitulado "Mais 35 anos de democracia - um percurso singular", que abrange o período entre 1982 e 2017, editado pela Bertrand.

Nessa ocasião, em que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro líder do CDS e candidato nas presidenciais de 1986 -- que perdeu para Mário Soares - recordou o seu "percurso singular" de intervenção política, afirmando que acentuou valores ora de direita ora de esquerda, face às conjunturas, mas sempre "no quadro amplo" da democracia-cristã.

Líder do CDS, primeiro-ministro interino, ministro em governos à esquerda e à direita, presidente da Assembleia-Geral da ONU, disse em entrevista à agência Lusa quando já se encontrava doente, em junho de 2019, que sofreu "um bocado" com a derrota nas presidenciais de 1986, embora tenha conseguido dar a volta, com "uma carreira de um tipo diferente" e partir para "uma série de pequenas vitórias".

 

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