"Foi com grande tristeza que tomei conhecimento do falecimento de Diogo Freitas do Amaral. Portugal perdeu uma figura política proeminente que ajudou a consolidar a democracia do país. O PPE está de luto pelo falecimento de um defensor convicto da democracia cristã", afirmou o presidente do PPE, Joseph Daul, numa declaração hoje divulgada em Bruxelas.
Apontando que Freitas do Amaral, fundador do CDS, "ajudou a moldar o panorama político de Portugal e assegurou que os valores democráticos cristãos tinham um lugar importante na democracia recém-estabelecida", Daul sublinhou que, "depois da queda da ditadura portuguesa, ele foi um forte defensor da integração europeia para o seu país".
"Ele também desempenhou um papel instrumental na defesa das nossas ideias comuns na Europa enquanto presidente da União Europeia dos Democratas Cristãos, uma organização que antecedeu o PPE", a família política europeia do CDS-PP, de que Freitas do Amaral foi também fundador.
"Diogo Freitas do Amaral permaneceu leal às suas convicções europeias ao longo da sua vida. Sentimo-nos orgulhosos de prosseguir o seu legado", completa o presidente do PPE.
O professor universitário, escritor, fundador do CDS, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Diogo Freitas do Amaral morreu na quinta-feira, aos 78 anos.
Freitas do Amaral fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais da tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992, tendo exercido as funções de vice-primeiro-ministro, ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros.