Rio homenageia "um dos três líderes que lutaram pela democracia"

O presidente do PSD, Rui Rio, deslocou-se hoje ao Mosteiro dos Jerónimos para prestar homenagem a Diogo Freitas do Amaral, a quem se referiu como "um dos três líderes partidários que lutaram pela democracia em Portugal".

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Lusa
04/10/2019 21:55 ‧ 04/10/2019 por Lusa

País

Freitas do Amaral

 

"O que eu venho aqui fazer é prestar homenagem a um homem que foi muito importante na consolidação da democracia em Portugal, designadamente durante 1975 e após 1975. Foi um dos três líderes partidários que lutaram pela democracia em Portugal, com Sá Carneiro e Mário Soares", afirmou o presidente do PSD.

Em declarações aos jornalistas à entrada do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, onde o corpo de Freitas do Amaral se encontra em câmara ardente, Rui Rio destacou também a sua participação na Aliança Democrática (AD), com o PSD e o PPM, em 1979.

"Mudámos na altura completamente o rumo que se estava a seguir e hoje continuamos a dever aquilo que na altura se fez. Passaram-se naturalmente muitos anos, mas foi uma data relevante, aquela em que, em 1979, a AD ganhou as eleições pela primeira vez e o professor Freitas do Amaral foi vice-primeiro-ministro do doutor Francisco Sá Carneiro", considerou.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, que também passou pelos Jerónimos hoje à noite, incluiu Freitas do Amaral num grupo de quatro, e não três, "rostos da democracia" em Portugal: "Com Mário Soares, com Sá Carneiro, com Álvaro Cunhal, eram nomes que aprendemos a respeitar, a admirar".

O socialista acrescentou que tem "uma memória muito viva da campanha [presidencial] de 86, provavelmente das maiores campanhas que o país já viveu", considerando "a forma como Freitas do Amaral perde essa campanha" para Mário Soares constitui uma "lição de democracia".

"Depois disso, nunca se absteve de estar na vida pública afirmando sempre as suas posições. Alguém que esteve em posicionamentos partidários diferentes, mas sempre com a mesma matriz. Freitas do Amaral saiu pouco do seu sítio, que era a democracia cristã", sustentou o autarca e dirigente do PS.

Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nascido na Póvoa de Varzim, no distrito de Porto, em 21 de julho de 1941, morreu na quinta-feira, aos 78 anos.

Foi presidente do Centro Democrático Social (CDS), partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, e fez parte de governos da AD, entre 1979 e 1983, e mais da tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992, tendo exercido as funções de vice-primeiro-ministro, ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros.

O seu corpo encontra-se em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos, onde no sábado, às 12:00, haverá uma missa celebrada pelo bispo auxiliar de Lisboa, seguindo o cortejo fúnebre, às 13:00, para o cemitério da Guia, em Cascais.

 

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