António Costa falou aos jornalistas à entrada do Mosteiro dos Jerónimos onde, esta manhã, se celebra a missa de corpo presente de Freitas do Amaral. "Hoje é dia de luto nacional em memória do Professor Freitas do Amaral que, para além de um grande estadista e de um notável académico, foi um dos fundadores do nosso regime democrático", começou por referir o primeiro-ministro, acrescentando que o fundador do CDS é um "exemplo cívico para todos" pela forma "permanente e coerente como, ao longo da vida, foi perseguindo os seus ideais".
Costa recordou ainda o Governo que ambos integraram: "Tive o privilégio de poder ser seu colega de governo e de poder testemunhar a sua enorme capacidade, a sua experiência, a sua lucidez e aquilo que muito ajudou na promoção internacional do país, enquanto ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros", referiu.
O secretário-geral do PS considerou também que hoje "é um dia importante para o país", uma vez que se celebra a República "e em que temos também a alegria de ver um português ordenado Cardeal".
Estes factos "não alteram, naturalmente, a tristeza e o recolhimento que devemos ter, pela figura do Professor Freitas do Amaral a quem o País deve e presta agora a justa e devida homenagem".
O funeral do fundador do CDS realiza-se, esta tarde, no cemitério da Guia, em Cascais.
Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941. Morreu esta quinta-feira aos 78 anos.
Além de fundar e presidir o CDS, Diogo Freitas do Amaral fez ainda parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais da tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.