Na última reunião de câmara, foi aprovado o orçamento para 2020 e as Grandes Opções do Plano para 2020/2023, num valor de 21.247.942 euros, ligeiramente inferior aos 21,3 milhões de euros de 2019.
As apostas do executivo liderado por Jorge Vala para os próximos dois anos são a construção das infraestruturas para a Área de Localização Empresarial (ALE) de Porto de Mós, com um valor previsto de 3,2 milhões de euros, e o saneamento para as localidades da Cumeira, Albergaria, Cruz da Légua e Moitalina, com um investimento global de quatro milhões de euros.
"Estas são duas obras estruturais para o desenvolvimento do concelho, cada uma na sua área", refere a autarquia de Porto de Mós, no distrito de Leiria, numa nota de imprensa.
Segundo a Câmara, este orçamento é "diretamente influenciado pelos incentivos fiscais aos munícipes de Porto de Mós, que traduz uma redução de receita na ordem dos 170.000 euros, onde se inclui o IMI Familiar e a devolução de 1% do IRS".
"Este é um valor que o executivo considera um bom investimento e que para o ano de 2021 será certamente superior, pois já foi deliberado devolver 1,5% do IRS às famílias do concelho. Estes incentivos são também direcionados às empresas através das isenções na derrama, mediante alguns requisitos previstos na legislação em vigor, embora o valor não seja diretamente quantificável pela incerteza da futura receita que daí poderia advir", acrescenta a mesma nota.
O Município justifica a aposta na ALE pela "necessidade urgente do alargamento da atual Zona Industrial de Porto de Mós, uma vez que a procura por parte de indústrias e serviços tem aumentado consideravelmente".
"É objetivo deste executivo primar pelo desenvolvimento económico no concelho de Porto de Mós, potenciando investimentos que permitam a garantia de atração de quadros técnicos e qualificados, como forma de sustentabilidade demográfica do território no médio e longo prazo", adianta a Câmara.
Os serviços sociais, onde se enquadram apoios nos serviços auxiliares de ensino, como as bolsas de estudo, as alimentações, os prolongamentos e os transportes escolares, ou apoios na ação social direta a famílias carenciadas e às instituições particulares de solidariedade social do concelho são outras prioridades.
A cultura e o turismo também se mantêm como "áreas fundamentais".
Em termos culturais destaca-se a obra da Central Termoelétrica, com mais 2,2 milhões de investimento previstos só para 2020, e o início das obras de recuperação da Casa dos Calados, onde está inscrita uma verba de 775 mil euros e investimento com apoio a fundos comunitários.
Em relação aos projetos turísticos estão previstos um total de 919.500 euros para diversas obras de melhoria em espaços de visitação e contemplação do concelho, bem como numa rede de trilhos e percursos previstas para o território.