Duas horas depois de ter sido divulgada a informação de que a zona baixa da localidade do Casal Novo do Rio, em Montemor, estava a ser evacuada, o comandante operacional distrital de Coimbra, Carlos Tavares explicou, em conferência de imprensa, que, num quadro geral, "neste momento, no concelho de Coimbra a situação tende a desagravar".
"As pessoas já foram para as suas habitações, já estão neste momento nas suas casas. Temos o caudal com 1.627 metros cúbicos por segundo e com tendência de descida", começou por dizer o responsável aos jornalistas, por volta das 19h, no Quartel de Bombeiros de Montemor-o-Velho.
Contudo, a zona baixa da localidade do Casal Novo do Rio e a povoação da Ereira, não estão ainda fora de perigo, tal como tinha sido previsto na conferência de imprensa que decorreu no início da tarde deste domingo.
Segundo Carlos Tavares, formaram-se dois aluimento de terra no leito periférico da margem esquerda do Mondego que pode causar "problemas".
"Há um aluimento de terra ainda sem escorrência que nos está a preocupar e que estamos a monitorizar neste momento. Temos também ajusante a Montemor-o-Velho outra escorrência que também estamos a monitorizar neste momento, mas que não nos está a preocupar tanto. São duas situações diferentes no periférico e não no leito central do rio", apontou.
Ou seja, "o único problema é se aquelas águas que estão detidas nos campos agrícolas romperem e passarem para o periférico direito que as vai conduzir ao leito do rio", explicou justificando assim a necessidade de a Proteção Civil ter lançado um aviso de evacuação à população de Casal Novo do Rio.
Para prevenir o pior cenário, o Comandante Operacional Distrital de Coimbra garantiu que está a ser feito tudo o que é possível para resolver as expostas situações. "O Serviço Municipal de Proteção Civil a resolver estes problemas nestas áreas mais frágeis com pedra, com tela e com big bags de areia de forma a que se proteja a margem aposta ao sítio onde rebentou", detalhou.
O Comandante Operacional Distrital de Coimbra adiantou ainda aos jornalistas que vários técnicos da APA - Associação Portuguesa do Ambiente estão no terreno acompanhados pelo projetista, Carmona Rodrigues, enviado pelo Ministério do Ambiente para o local.
"Temos máquinas no terreno. Temos connosco os fuzileiros, os Bombeiros Voluntários de Montemor. Temos os Bombeiros do distrito de Leiria e a força especial dos bombeiros", concluiu.