"Maior défice estrutural que o país tem é o desinvestimento na educação"

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que o investimento na educação é uma prioridade deste Governo, para que Portugal não volte a acumular um défice estrutural nesta área.

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Lusa
06/01/2020 18:53 ‧ 06/01/2020 por Lusa

País

António Costa

 

"O maior défice estrutural que o país tem, aquele que acumulou durante séculos, aquele que durante séculos nos fez ficar para trás, foi mesmo o desinvestimento na educação", disse António Costa em Lamego, onde hoje à tarde inaugurou as obras de requalificação e modernização da Escola Secundária Latino Coelho.

Segundo o primeiro-ministro, o Governo tem vindo a resolver este défice e vai continuar a fazê-lo.

"Não podemos voltar a acumulá-lo, porque isso seria onerar o país de uma forma muito grave para o seu futuro", frisou.

No seu entender, "a atenção maior" que tem de ser dada a áreas como a saúde, as forças de segurança e as Forças Armadas "não pode deixar de ser acompanhada" da colocação da educação no centro das preocupações.

"Porque a educação é estratégica para o presente e é sobretudo estratégica para o futuro", justificou o primeiro-ministro.

Aludindo aos desafios estratégicos que o presidente da Câmara de Lamego, Ângelo Moura, apontou para o futuro, António Costa considerou que nenhum deles "pode prescindir da educação ou pode ser vencido sem a educação".

"Quando falamos da correção de assimetrias regionais, é também de educação que temos de falar", exemplificou.

Ângelo Moura referiu também a necessidade de valorizar os produtos endógenos da região.

"Se nós queremos efetivamente valorizar esses produtos endógenos, o que nós temos cada vez mais valorizar é o conhecimento e a sua aplicação a este território", afirmou o governante, exemplificando com a qualidade dos vinhos portugueses, que o que têm a mais do que há 30 anos "é conhecimento dos solos, das castas e da sua combinação".

 

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