"Estamos a preparar para a eventualidade de haver uma escalada, se não houver melhor, mas se houver, temos de estar preparados", disse Graça Freitas no briefing feito na tarde desta quarta-feira sobre o novo coronavírus que já causou, de acordo com último balanço, perto de 500 vítimas mortais. Em Portugal não há qualquer caso de infecção (os últimos dois casos suspeitos não se confirmaram). Apesar disso, o país está a preparar-se para um eventual contágio e a sua escalada. 

Nesse sentido, a Direção Geral de Saíude (DGS) esteve reunida com com as Administrações Regionais de Saúde (ARS), com as autoridades de saúde e com alguns hospitais, "para preparamos a segunda vaga de serviços, se for caso disso", adiantou Graça Freitas. A indicação é para que os planos de contingência sejam "atualizados, reformulados, reavivados" de forma a haver profissionais formados e treinados e equipamento de proteção disponível.

A DGS esteve também reunida com o INEM, com o mesmo objetivo em mente, para dar resposta "se houver uma escalada nos casos". "Ainda não tivemos casos confirmados, mas se tivermos, [reunimo-nos para] ver como é que a rede de resposta do INEM será ativada", sublinhou. 

Além destas organizações, DGS reuniu-se também com a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) "pelas questões relacionadas com os aeroportos".

A diretora-geral da Saúde vincou que, além do que está a ser feito no dia a dia, "estamos obviamente a preparar para uma fase seguinte. "Se não houver fase seguinte, a preparação nunca é inútil, é sempre boa para testar as nossas capacidades e melhorar o que for para melhorar", acrescentou.

Quanto aos 20 portugueses que foram repatriados da China no domingo passado, estes continuam bem de saúde e sem sintomas do novo coronavírus.

"Melhorou-se bastante as condições em que estão. Alguns deles são atletas, outros treinadores, têm capacidade de fazer desporto dentro das instalações", revelou Graça Freitas. Paralelamente, disse a responsável, "foi criado um circuito para eles poderem, sempre com máscara, sair do edifício. Foi criado um espaço próprio para poderem estar". 

Relativamente à data em que serão repetidas as análises, Graça Freitas disse não existir ainda uma data definida, justificando também que "não há vantagem em repetir testes várias vezes". "Estamos a vigiá-los muito de perto, estamos a ver a data ideal para repetir as análises. Se alguém desenvolvesse sintomas, faríamos imediatamente", ressalvou. 

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