A ministra da Saúde disse hoje na conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia no país que, entre 21 de fevereiro e 16 de março, o número médio de casos gerados a partir de uma pessoa infetada era de 2,08.
"São números que nos encorajam, mas também nos responsabilizam", disse Marta Temido.
De acordo com a ministra, os dados até agora recolhidos "continuam a permitir estimar que o máximo da incidência [da pandemia em Portugal] tenham ficado no passado, entre os dias 23 e 25 de março".
Marta Temido esclareceu que, "entre 21 de fevereiro e 16 de março [dia em que as escolas já estiveram encerradas e muitas empresas começaram a funcionara em teletrabalho], o número médio de casos secundários resultantes de um caso de infeção por covid foi de 2,08".
"Ou seja, um caso infetado tinha o risco de gerar 2,08 outros casos", explicou.
Com "a introdução de medidas de contenção, verificou-se uma diminuição do risco de transmissibilidade, que se situa agora, face à média dos últimos cinco dias, nos 0,91".
Portugal regista 687 mortos associados à covid-19 em 19.685 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 30 mortos (+4,6%) e mais 663 casos de infeção (+3,5%).
Das pessoas infetadas, 1.253 estão hospitalizadas, das quais 228 em unidades de cuidados intensivos, e 610 foram dadas como curadas.
O decreto presidencial que prolonga até 02 de maio o estado de emergência iniciado em 19 de março prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".