O despacho de acusação do caso da invasão à Academia do Sporting, em Alcochete, e o nome do ex-presidente Bruno de Carvalho já não consta no novo documento que, revelam os jornais Expresso e Público, que tiveram acesso ao despacho, foi reduzido de 143 para apenas 19 páginas.
O coletivo de juízes retirou a acusação de autoria moral do ataque e limita agora a ação do ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, às publicações nas redes sociais.
A redução do despacho de acusação é justificada, acrescenta a RTP3, pelo facto de o coletivo de juízes considerar que o anterior era redundante e misturava factos.
Recorde-se que, na 36.ª sessão do julgamento do ataque a Alcochete, a 11 de março deste ano, o Ministério Público pediu a absolvição de Bruno de Carvalho, Nuno Mendes 'Mustafá' e Bruno Jacinto, acusados da autoria moral da invasão à Academia do Sporting.
A procuradora do Ministério Público, Fernanda Matias, entendeu que "não se fez prova de que os arguidos tenham incitado outros arguidos à prática de atos criminosos".
O ex-presidente do clube, o líder da claque e o oficial de ligação aos adeptos, respetivamente, estavam acusados de ter incitado os outros 41 arguidos do processo a invadir a Academia e a agredir os jogadores em 15 de maio de 2018.
Bruno de Carvalho, juntamente com Nuno Mendes, e Bruno Jacinto, estavam acusados da autoria moral de 40 crimes de ameaça gravada, 19 crimes de ofensas à integridade física qualificadas e por 38 crimes de sequestro.