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Transportes em Lisboa reforçaram oferta apesar de terem pouca procura

Os transportes públicos na zona da Grande Lisboa reforçaram a sua oferta na terceira fase de desconfinamento, embora ainda com números, quer de utentes, quer de transporte, relativamente inferiores ao período homólogo em 2019.

Transportes em Lisboa reforçaram oferta apesar de terem pouca procura
Notícias ao Minuto

16:13 - 05/06/20 por Lusa

País Covid-19

Em resposta à Lusa, o Metropolitano de Lisboa explicou que, com a retoma gradual dos serviços desde o dia 04 de maio, procedeu a um reforço de oferta correspondente ao serviço praticado em horário de verão, garantindo uma taxa de ocupação relativamente baixa, mas mantendo a oferta adequada às medidas de segurança e ao distanciamento social recomendado.

"A ocupação foi mantida abaixo dos 50% nos períodos de ponta, não se tendo registado, até ao momento, sobreocupação dos comboios", refere a nota, sublinhando que a empresa está a monitorizar a procura o que permitirá introduzir medidas adicionais de controle, se necessário, designadamente no acesso aos cais, sobretudo nas horas de ponta.

Segundo a empresa, o metro tem efetuado a programação dos níveis de oferta que atenda à evolução da procura, procurando garantir uma taxa de ocupação "relativamente baixa e inferior aos 2/3 da sua lotação" para continuar a manter a possibilidade de distanciamento social.

Em relação ao número de passageiros, nos meses de abril e maio de 2020, o Metropolitano de Lisboa registou 5,6 milhões de passageiros, o que corresponde a uma diminuição de 81% face ao mesmo período homólogo de 2019 em que se registaram 30,0 milhões de passageiros (não incluído passageiros em fraude).

Por seu turno, a Carris avançou ter reforçado novamente a sua oferta desde sábado passado, encontrando-se, neste momento, "com 95% da sua oferta normal", salientando que também se encontra a realizar "uma monitorização contínua" e a reforçar carreiras sempre que se justifica, nomeadamente nos horários de ponta.

A empresa, gerida pela Câmara Municipal de Lisboa, avançou também que, a partir de dia 15 voltam outras carreiras a circular, como, por exemplo, as carreiras de bairro.

Já a Rodoviária de Lisboa (RL) referiu que a procura atual pelos seus serviços "representa cerca de 30% da procura que existia antes da pandemia", no entanto, e para cumprir com a obrigatoriedade de ocupação máxima de 2/3 da lotação da viatura, a empresa avançou estar a realizar, ao dia de hoje, "70% dos serviços habituais em dias úteis".

De acordo com a empresa, neste momento, o reforço da oferta de serviços da RL "apenas será possível com apoio financeiro complementar".

Quanto à travessia fluvial, a Transtejo/Soflusa referiu, e tendo em conta a permanente monitorização do número de passageiros que viajam, em cada uma das ligações fluviais, que tem vindo a registar "uma baixa procura".

No entanto, nas últimas semanas, a empresa identificou "tendências de crescimento estável da procura (infelizmente, ainda que insuficiente para perfazer os 2/3 de lotação legalmente previstos) e avançou já com a reposição dos horários habituais de três das suas cinco ligações fluviais, na esperança de, através do aumento da oferta, poder potenciar o aumento da procura".

Desta forma, repôs as ligações fluviais do Montijo e do Seixal, desde o dia 06 de maio e ligação fluvial de Cacilhas, a partir do dia 01 de junho. Já a partir de segunda-feira irá acontecer o mesmo com a ligação fluvial do Barreiro.

Já a ligação fluvial Trafaria -- Porto Brandão -- Belém manterá, por agora e de acordo com a empresa, a oferta praticada desde 23 de março, uma vez que a mesma "continua a dar resposta, com folga confortável, ao nível de procura registada", mesmo nos horários de ponta da manhã e da tarde, cumprindo com o limite de passageiros transportados em cada viagem (2/3 da lotação do navio).

Apesar de a procura apresentar uma "quebra na ordem dos 70%-80%, face a período homólogo de 2019, o cenário de normalidade na prestação do serviço, a atenção e o rigor das equipas da Transtejo/Soflusa e do apoio das autoridades de segurança, a contenção de aglomerados de pessoas e o cumprimento de todas as condições de viagem, tem de ser uma obrigação conjunta, dos passageiros e da empresa", indicou a responsável pelo transporte fluvial em Lisboa.

Portugal regista hoje 1.465 mortes relacionadas com a covid-19, mais 10 do que na quinta-feira, e 33.969 infetados, mais 377, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde

O país entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, prolongado até 14 de junho, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência, de 19 de março a 02 de maio.

Esta fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório apenas para pessoas doentes e em vigilância ativa e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

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