Três infetados com Covid-19 no hospital prisional de Caxias
Infetados são duas cozinheiras e uma auxiliar.
© Reuters
País Covid-19
Duas cozinheiras e uma auxiliar que trabalham no hospital prisional de Caxias estão infetadas com o novo coronavírus, confirmou ao Notícias ao Minuto o presidente do Sindicato dos Guardas Prisionais, Jorge Alves.
Em resposta ao Notícias ao Minuto, a Direção Geral dos Serviços Prisionais confirma os três casos e adianta que foram detetados na sequência do rastreio que se está a fazer à SARS - CoV-2 aos trabalhadores do quadro desta Direção Geral e das empresas externas prestadoras de serviços".
Os resultados positivos - recebidos ao princípio da tarde de ontem - dizem respeito a "três trabalhadoras de empresa externa prestadora de serviços ao Hospital Prisional, pese embora se encontrem assintomáticas".
De acordo com a DGSP, as trabalhadoras em causa já se encontram nos seus domicílios em isolamento, "tendo, no Hospital Prisional, sido feita a avaliação dos contactos de proximidade suscetíveis de contágio".
No caso dos trabalhadores, refere o organismo, os restantes resultados de testes recebidos são, até ao presente momento, todos negativos". Os reclusos e os guardas prisionais identificados como contactos de proximidade suscetíveis de contágio estão igualmente a ser testados, aguardando-se os resultados, adianta a Direção Geral dos Serviços Prisionais.
A DGSP sublinha, por fim, que "até ao presente momento se conhecem cerca de 3.300 resultados do rastreio nacional, sendo todos negativos", à exceção destes três casos agora conhecidos.
A ministra da Justiça, recorde-se, anunciou ontem que 42 dos 49 estabelecimentos prisionais já estão preparados para retomar as visitas aos reclusos, em "condições de segurança sanitária", o que implicou "um trabalho enorme de adaptação dos espaços".
Questionada sobre os riscos de se retomar as visitas aos reclusos em EP que servem a área da Grande Lisboa e Vale do Tejo, onde novos surtos de Covid-19 foram identificados, Francisca Van Dunem garantiu que a questão merece "a máxima atenção" e que a DGRSP continuará a fazer uma monitorização e avaliação permanente da situação.
A ministra salientou, contudo, que o problema que existe na área metropolitana de Lisboa tem a ver sobretudo com "certo tipo de atividades" e um "desligar das regras" de distanciamento social e de higienização, mas que, ao invés, no sistema prisional essas regras de cuidado são "rigorosamente cumpridas".
O Presidente da República, primeiro-ministro e líderes partidários reúnem-se esta quarta-feira com especialistas para avaliar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, com foco na Área Metropolitana de Lisboa, onde tem surgido a maioria dos novos casos.
Em Portugal, os primeiros casos foram confirmados no dia 02 de março e até agora morreram 1.540 pessoas num total de 39.737 contabilizadas como infetadas, de acordo com o relatório de terça-feira da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Os boletins da DGS divulgados entre 07 e 21 de junho indicam que neste período se registaram 4.440 novos casos de infeção com o novo coronavírus nos concelhos da Amadora, de Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra, o que corresponde a 50,2% do total de novos casos em Portugal.
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