O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares Duarte Cordeiro, que esteve na manhã desta segunda-feira reunido na Amadora com equipas multidisciplinares relativamente à situação epidemiológica da Área Metropolitana, admitiu a possibilidade de meios adicionais no terreno nos cinco concelhos mais afetados pela pandemia na Grande Lisboa.
"Do nosso lado, nunca vamos ter uma resposta a dizer que não se justificam medidas adicionais, temos de avaliar os resultados para verificar se são precisas medidas adicionais", afirmou o coordenador regional de Lisboa e Vale do Tejo no combate à pandemia.
Quanto às equipas, disse, "temos de ter cuidado para garantir que não há cansaço, que temos suporte e retaguarda, e se necessário, conseguir reforçar o número de equipas".
"Temos plena noção disso e vai ser muito da avaliação que vamos fazer da capacidade que as equipas têm de visitar todos os casos ativos, as pessoas em vigilância, os casos sinalizados como prioritários. Em função disso vamos avaliar se é necessário criar mais equipas", explicou na antena da SIC.
Apesar de os novos casos e as infeções ativas estarem a diminuir nos cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa que inspiram mais preocupação, Duarte Cordeiro salientou que não há motivo para "relaxar".
"O número de casos ativos tem diminuído. Também na Amadora há uma ligeira diminuição e no número de novos casos também tem diminuído ligeiramente na Amadora e também nos cinco concelhos", afirmou, referindo tratar-se de uma comparação entre os últimos sete dias e a semana anterior.
O governante considerou ainda haver muito trabalho a fazer na Grande Lisboa, destacando que alguns problemas - como o dos transportes - já existiam antes da pandemia. Apesar disso, está confiante que a coordenação no terreno vai começar a dar resultados.
Sobre a questão das considerações feitas por Fernando Medina, Duarte Cordeiro disse que não censura as críticas do autarca e lembrou que Medina também é presidente da AML.
De recordar que todas as freguesias da Amadora se encontram ainda em estado de calamidade, assim como freguesias de outros quatro concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML), num total de 19. De acordo com os dados desta segunda-feira, 84% dos novos casos concentram-se em Lisboa e Vale do Tejo, uma tendência que se verifica há dias a fio.