Força Aérea suspende operações com 'drones' após aterragem forçada

A Força Aérea Portuguesa (FAP) anunciou a suspensão das operações com os seus 'drones' até à conclusão da investigação à aterragem forçada de um destes aparelhos ocorrida hoje no concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal.

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Lusa
05/09/2020 16:34 ‧ 05/09/2020 por Lusa

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Álcacer do Sal

 

Em comunicado, a FAP informa que uma aeronave não tripulada ('drone') sua, que estava a operar a partir da Base Aérea N.º 11, em Beja, de onde tinha descolado às 11:10 para uma missão de vigilância aérea na zona sul de Portugal, "realizou uma aterragem forçada" na zona do Torrão, concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal, às 11:40.

"A aeronave foi dirigida para uma área isolada, não colocando em risco população ou habitações", frisa a FAP, referindo que "as causas do acidente já estão sob investigação do Gabinete de Prevenção de Acidentes da Força Aérea".

Segundo a FAP, "até à conclusão" da investigação, "as operações com este tipo de aeronaves estão suspensas nas outras bases de operação (Lousã e Mirandela)".

FAP frisa que, "nesta altura de maior risco, irá empenhar aeronaves tripuladas para a realização das missões de vigilância aérea e deteção de fogos".

Em informações prestadas à agência Lusa hoje de manhã, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal referiu ter registo da queda de um 'drone'.

FAP adquiriu 12 'drones' para reforçar a capacidade de vigilância aérea e deteção de incêndios no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais em Portugal (DECIR).

Dos 12 'drones', seis de asa fixa estavam a operar a partir de três bases de operação (Lousã, Beja e Mirandela), cobrindo as regiões Norte, Centro e Sul de Portugal, e até ao final de agosto tinham realizado cerca de 100 horas de voos.

Dos restantes aparelhos, dois com capacidade de descolagem e aterragem à vertical estão em fase de testes e qualificação. A FAP aguarda a entrega pelo fabricante dos outros quatro.

Segundo a Força Aérea, o processo de coordenação com a GNR e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil está "plenamente implementado para as três bases de operação, através da ligação em rede e partilha de imagem em tempo real, permitindo desta forma maior celeridade na análise e resposta por parte das entidades no terreno".

A operação a partir da base de Beja, de onde descolou o 'drone' que hoje realizou a aterragem forçada, tinha começado no passado dia 27 de agosto e estava a garantir a capacidade para cobertura da região Sul.

Já a operação na Lousã, iniciada em 27 de julho, cobria o Centro e permitiu identificar vários eventos, alguns deles na fase inicial, tendo sido também monitorizados eventos na fase de rescaldo.

A operação a partir do aeródromo de Mirandela, com o voo inaugural em 29 de agosto, oferecia a garantia para a vigilância aérea do Norte.

O Governo determinou a declaração da situação de alerta em 14 distritos do território continental, todos a norte do rio Tejo, incluindo Portalegre, entre as 00:00 de domingo e as 23:59 de terça-feira, face ao risco de incêndio.

"É expectável que o risco de incêndio vá aumentar, estamos a falar de um aumento da temperatura, da redução dos níveis de humidade relativa e do aumento do vento, portanto, por tudo isto, foi decisão da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) elevar para alerta laranja todos os distritos a norte do Tejo, Portalegre incluído", afirmou a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, na sexta-feira.

 

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