Confrontado com as críticas do Presidente da República, que tem afirmado não estar tão otimista como o PCP e como a DGS em relação ao Avante!, Arménio Carlos pediu "bom senso", racionalidade e objetividade "na análise dos problemas".
Em declarações à SIC na Quinta da Atalaia, o ex- secretário-geral da CGTP afirmou que o Presidente da República "não está acima de tudo e de todos", lembrando que o próprio chefe de Estado "esteve presente nas inaugurações das duas feiras do livro, em Lisboa e no Porto, que, proporcionalmente no espaço que ocupam, estão autorizadas para ter muito mais gente do que aquilo que tem a festa do Avante!".
O ex-dirigente sustentou que as normas no certame político-cultural comunista "são cumpridas e respeitadas". Nesse sentido, enquadra as críticas da Direita e de Marcelo como uma "pressão política" no sentido de pôr em causa a realização da festa.
"Se há alguém que está mais interessado em salvaguardar a saúde dos portugueses e combater esta pandemia são, provavelmente, e a par de outros, os comunistas e o seu partido", defendeu.
Arménio Carlos deu como exemplos da falta de coerência na discussão sobre o tema os dois eventos marcados para outubro no Algarve (Formula 1 e Moto GP), um dos quais já terá vendido 28 mil bilhetes. "Tem que haver aqui seriedade", insistiu, sublinhando não estar contra a realização destas e de outras iniciativas.
"Não se pode é dizer que há dois pesos e duas medidas dando a ideia que o PCP está a ser favorecido", frisou, rematando, por fim, com uma crítica à atuação de Marcelo Rebelo de Sousa: "O Presidente da República tem que ser mais Presidente da República e menos comentador, está a comentar muito e a fazer pouco".
Este sábado Jerónimo de Sousa reagia às críticas de Marcelo Rebelo de Sousa afirmando que talvez o Presidente"queira dar uma mãozinha ao seu partido" e desafiando-o a ir visitar a festa do Avante!.