Na atualização divulgada cerca das 21h30 da informação relativa ao surto, a ULSBA indica que há mais um caso de infeção confirmado, o de um enfermeiro, a juntar aos 30 registados até hoje de manhã.
Entre os 31 infetados confirmados, há 14 enfermeiros, nove médicos, cinco assistentes operacionais, dois assistentes técnicos e um técnico de diagnóstico e terapêutica, e todos têm "apenas sintomas ligeiros" e estão em isolamento em casa, refere a ULSBA, que gere o hospital de Beja.
Devido ao surto, a ULSBA reforçou as medidas de segurança e higiene, alargou o rastreio a profissionais e decidiu realizar testes de despiste de covid-19 a todos os funcionários do hospital de Beja, o que deverá terminar no final desta semana.
Desde a identificação do surto, na passada na quinta-feira, quando foram detetados os primeiros seis enfermeiros do bloco operatório infetados, e até hoje, já foram feitos 400 testes a profissionais do hospital de Beja, precisa a entidade.
Segundo a ULSBA, no hospital, à exceção do bloco operatório, onde só há atividade cirúrgica de urgência, e do Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia, que está fechado, as consultas de especialidade e outros atos médicos e de enfermagem e exames decorrem "com normalidade".
A ULSBA refere que os utentes devem dirigir-se ao hospital de Beja "com toda a confiança, mas respeitando e cumprindo as indicações dadas".
Trata-se de indicações relativas ao distanciamento físico, à higienização das mãos, ao cumprimento da hora da consulta ou do exame e, "muito importante", o uso obrigatório de máscara no interior dos edifícios do hospital de Beja.
A situação do surto "está a ser monitorizada" pela Unidade de Saúde Pública, pelo Serviço de Saúde Ocupacional e pelo Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos e ao abrigo do plano de contingência no âmbito da pandemia de covid-19 da ULSBA.
Após identificados os primeiros casos, as equipas daqueles serviços "iniciaram de imediato" os procedimentos de avaliação de risco dos colaboradores, o pedido de testes e o isolamento dos casos suspeitos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo o mais recente balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.957 pessoas dos 74.029 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.